segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ah, o Amor! (2)


Pois é gente, meu estilo não é mesmo de escrever pouco quando tenho algo a dizer. Por esse motivo, complementarei aqui alguns pontos que julgo relevantes e que acho que fizeram falta na postagem anterior. Lembro aos meus leitores, que o meu objetivo aqui não é elucidar coisa alguma, mas sim, investigar, levantar questões relevantes. E para tal, vossa ajuda será muito bem vinda.

Prossigamos pois!

A questão é: a maioria das pessoas tende a buscar o sentido da vida em outros mundos, outras vidas, em realidades alternativas, e se esquecem da vida aqui no planeta Terra, que por sinal me parece muito mais concreto. Para tal feito, utilizam-se normalmente de religiões diversas - não acho adequado citar nenhuma em especial, visto que, para mim dá tudo na mesma no fim das contas. No fundo a maioria sabe que está sendo enganada, senão pelos outros, mas por si próprios. Penso não haver – ao menos no âmbito religioso - duas realidades efetivas, duas verdades; todavia, há milhares de religiões pelo mundo afora, cada qual afirmando sua própria “verdade”.

E é aí que pergunto: Esse pessoal está de sacanagem consigo mesmo e gosta de fazer papel de besta, ou há uma necessidade intrínseca ao ser humano de buscar um sentido para o grande circo que é a vida? No segundo caso, seria mesmo melhor inventar um “barato” qualquer ou investigar o mundo a partir do que temos? Partirei do pressuposto que você que está lendo também está de acordo comigo que a segunda alternativa é sem dúvida a melhor. Tendo isto em vista, prossigamos.

As pessoas adoram encher de dinheiro quem lhes oferece uma razão para viver. Entretanto, duvido que alguém venha a me dar dinheiro pelo que escrevo – salvo se eu escrever e vender livros de auto-ajuda. Mas afinal de contas, porque isso acontece? Simples: é mais fácil abstrair da realidade e viver na “Terra do Nunca” do que encarar a realidade da vida. Afinal, quando não se é amado neste mundo, não é bem mais fácil procurar um Deus que nos ame mais que tudo e que possa nos dar aquilo que não temos aqui e ainda muito mais? Não é muito mais fácil entregar o coração para Jesus do que amar uma pessoa de carne e osso? Jesus não reclama, não desce dos céus para dar bronca, não fica de mau humor na nossa frente, não estoura o limite do nosso cartão, não rouba a nossa metade do cobertor durante a noite... Já uma pessoa real (não que Jesus não seja real, mas enquanto ele não vier falar comigo, vou continuar achando que ele não existe ou que está “fazendo ** doce” para o meu lado) tem muitos defeitos, e geralmente só serve para um “sexo sem compromisso”, pois nas novelas “o bonzinho só se fode” – se bem que quem for minimamente sensato vai perceber logo que a vida está mais para um inferno do que para um paraíso, e TODOS se fodem no final.


Mas amar não é sinônimo de ser idiota. O estereótipo de mocinho de romance barato só serve para pessoas tão fúteis quanto os próprios romances. Acreditar no amor não implica em ser ingênuo. Não implica em ser menos másculo, aliás, ser “macho” não implica em não se poder ter ou demonstrar sentimentos positivos pelo próximo. Quem acredita que ser macho é ter de dar porrada nos outros machos, está equivocadíssimo quanto ao seu habitat natural. Neste caso específico, admiro muito mais os homossexuais, pois eles em geral têm coragem de se arriscar pelo que amam, por quem amam, de demonstrar o que sentem, e fodam-se os outros.

Ao mencionar o sentido da vida, não pretendo dizer com isso que é fundamental ter um, nem que a vida possua algum sentido, pois, muito pelo contrário, digo que a vida não possui sentido algum. Somos nós que damos a ela algum sentido. E, se assim é, porque não arranjar um sentido imanente? Lembremo-nos do princípio de razão suficiente “nihil est sine ratione” – nada é sem razão de ser – e de sua aplicabilidade a qualquer situação do universo. Se não há uma causa, se não há explicação possível, é papo furado e ponto final. Sim, o amor tem uma causa. E não, não enfie Deus no meio da história se não encontras explicação para esse fenômeno maravilhoso.

Para mim o amor e o sentido da vida são faces de uma mesma moeda. Quem nunca esteve aberto ao amor, jamais encontrará sentido nessa desgraceira a que chamamos Vida. Ou na melhor das hipóteses, jamais estará completo.

Pois é, isso é o que penso no momento. Não vou citar ninguém, nem julgo necessária tal atitude, visto que, tenho meu próprio pensamento acerca do amor, e como eu já disse na postagem anterior, até hoje não encontrei nenhum escrito realmente satisfatório sobre o assunto. Se valer de alguma coisa, dou aqui meu testemunho: esse trem é bão dimais sô!

E como isso aqui não é um artigo científico, dou-me por satisfeito – ao menos por hoje.

Sim, como é fácil perceber, estou enamorado. =)


*Phu, esse é para você! rsrs

domingo, 18 de outubro de 2009

Ah, o Amor!

Ah, o Amor! Embora haja milhares de livros filosóficos que falem sobre o assunto, além dos de poesia, nunca encontrei um que me agradasse por completo. Ou são sérios demais, ou superficiais demais, poéticos demais, ou meras repetições do que outros disseram. E assim, seus autores sempre acabam viajando na maionese.
Sabe, por mais que existam coisas belas na vida, o que sobra disso tudo se tirarmos o amor? Por exemplo, eu adoro lugares como o da foto abaixo (São Miguel das Missões), mas de que adianta estar sozinho em um lugar assim sem ninguém para compartilhar tal beleza?
Creio que até mesmo meu mestre, Schopenhauer, exagerou um bocado ao dizer que esse sentimento é uma mera armadilha da natureza para garantir a perpetuação da espécie, e assim prolongar o sofrimento do mundo até o fim dos dias. Que a vida é mesmo uma desgraça e é feita de um sem-fim de sofrimentos, eu estou de acordo. Mas como todo jovem enamorado tendo a discordar e a acreditar que isso vai muito além do que podemos conhecer empiricamente e adentrar o campo da metafísica dos sentimentos humanos. Não, não estou tentando fundar nenhuma nova subdivisão para a metafísica, nem falar de objetos transcendentes, mas sim encarar o fato de que sentimentos estão dentro de nós (nossos corpos físicos) e nos são intrínsecos, e talvez, mais que qualquer outro sentimento, o amor é por excelência o que mais tem poder de nos afetar.

Pergunto-me: de que vale um QI de 200 se não se consegue entender uma porra de sentimento que praticamente todos experimentam alguma vez em suas vidas? É sacanagem desses intelectuais ou será que é mesmo tão difícil falar sobre?

Bem, enquanto eu mesmo não sou capaz de achar uma resposta, deixo aqui exposta minha dúvida. E como eu próprio estou experimentando essa sensação maravilhosa, seria meio impróprio escrever uma apologia ao amor. Mas que é bom, ah isso eu garanto que é!
=)
A propósito: Te amo Phu!